Mapeamento Digital

Técnica que auxilia no Diagnóstico Participativo do Território através de um processo de coleta e registro de informações e percepções sobre o território

Atuar em um território requer o conhecimento profundo de suas características. Suas redes de relações, fluxos, serviços, espaços de circulação são elementos-chave para a proposição de ações efetivas e que conversem com as demandas reais do local.

O Mapa Falante CCSL é uma Tecnologia Social derivada da tecnologia de Construção Compartilhada de Soluções Locais (CCSL), reconhecida pela FBB em 2005. Tem sido  amplamente utilizada para co-criação de um diagnóstico local do território por meio do mapeamento colaborativo, de forma a permitir identificar pontos de interesse de pessoas, profissionais e instituições, registrando as potencialidades e parcerias locais, além de áreas e temas de maior vulnerabilidade. Assim, torna-se possível visualizar informações construídas de forma coletiva, que favorecem a tomada de decisão para planejar e monitorar ações no território de forma mais efetiva. 

O principal objetivo é gerar um mapeamento participativo, por meio de métodos manuais e bases digitais, para favorecer o registro e visualização do conhecimento construído pela escuta frente os desafios e recursos presentes nos territórios. Logo, busca-se a elaboração de soluções locais, criação de redes intersetoriais e planejamento para tomadas de decisão.

Porque um Mapa Falante? 

Comunidades e territórios no Brasil são marcados pela desigualdade social em diferentes contextos. Reconhecer as violações de direitos e fatores de vulnerabilidade são etapas essenciais para construção de soluções conjuntas frente aos problemas identificados. Para construção de sociedades mais inclusivas e equitativas, é importante fomentar a co-criação de soluções governamentais e/ou comunitárias.

O Mapa Falante CCSL se constitui em uma tecnologia social que produz condições para que o conhecimento sobre o território seja co-construído e se estabeleça como fonte para análise e monitoramento de dados. Favorece a problematização sobre as possíveis causas das vulnerabilidades identificadas e abre possibilidades para a reconfiguração do território.

O uso da tecnologia fomenta a real participação, investigação e valorização da narrativa da população para mediar aprendizagens mútuas na construção do Mapa Falante CCSL. Além disso, sua aplicação parte da socialização com a comunidade e as potencialidades presentes nos territórios, de forma a fomentar a participação social no planejamento e tomada de decisões quanto à elaboração de soluções efetivas frente à realidade local.