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Movimentos sociais se organizam em defesa da saúde pública

As últimas semanas estão sendo marcadas por diversas agendas e manifestações organizadas por diversos setores da sociedade civil organizada ligadas à saúde. Em comum em todos esses manifestos está a defesa e o fortalecimento do SUS e o combate às medidas do governo federal que colocam em xeque todas as conquistas dos últimos anos no que tange a saúde pública universal.

Diante da atual situação crítica que vive o enfrentamento ao HIV e AIDS no Brasil e no estado do Rio de Janeiro, dia 09 de agosto, o Grupo Pela Vidda-RJ convoca para um ato e vigília na próxima quarta-feira, agosto na escadaria da Câmara Municipal do Rio, às 18 horas. Antes, a partir das 16h, o GPV vai realizar testagem rápida do HIV com amostra de fluído oral e ações educativas no local. A luta contra a tuberculose também merece atenção especial. Pensando nisso, dia 10 de agosto, a Frente Parlamentar Municipal sobre Tuberculose realiza uma audiência pública na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro.

Atos e manifestos começaram na semana passada

Na semana passada, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco, a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fiocruz – ENPS e o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde lançaram um manifesto contra a reformulação do Plano Nacional de Atenção Básica, que ameaça o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde. Leia aqui https://www.abrasco.org.br/site/noticias/posicionamentos-oficiais/contra-reformulacao-da-pnab-nota-sobre-revisao-da-politica-nacional-de-atencao-basica/29798/. Os Agentes Comunitários de Saúde foram para as ruas na última sexta-feira (04), em uma manifestação em defesa do SUS e da saúde pública, universal e de qualidade e contra o fechamento das clínicas da família na cidade do Rio de Janeiro.

Também na sexta-feira, aconteceu a audiência pública “Tuberculose Mata, Mas Tem Cura”, para debater sobre esse outro grave problema de saúde pública, realizada pela Frente Parlamentar Estadual de Combate e Prevenção. O evento foi promovido em alusão ao Dia Estadual de Conscientização e Mobilização de Combate à Tuberculose no Rio de Janeiro.

CNS reúne assinaturas contra o congelamento dos investimentos no SUS

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) lançou um abaixo-assinado contra a Emenda Constitucional nº 95/2016, que traz graves prejuízos à população brasileira. A emenda congela os gastos com saúde e educação por 20 anos, fragilizando de forma severa o Sistema Único de Saúde (SUS). O documento será enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), em abril de 2018.

Com o congelamento de investimentos, haverá uma redução de 400 bilhões de reais no orçamento durante esse período. Ainda que a população cresça nas próximas duas décadas, o governo vai reduzir os investimentos, mesmo diante de direitos básicos, garantidos na Constituição de 1988.

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