Desde sua criação, a tecnologia social e participativa é referência na escuta e mobilização territorial, promovendo o protagonismo comunitário na construção coletiva do conhecimento
Ciclo Saúde Proteção Social – Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil
O projeto Ciclo Saúde Proteção Social levou a metodologia do Mapa Falante a municípios de diferentes regiões brasileiras, reforçando ações de prevenção de doenças e promoção da saúde com foco na intersetorialidade entre Saúde e Assistência Social. Com a parceria técnica do Cedaps e apoio da Fundação Vale, o projeto capacitou gestores e profissionais locais, oferecendo instrumentos e recursos que potencializam a atuação nos territórios e fortaleceram as redes locais de cuidado. A construção coletiva dos mapas falantes contribuiu para a leitura crítica das vulnerabilidades e potencialidades locais, orientando ações mais integradas e eficazes.
Figura 1: Mapa Falante Digital de Marabá

Mapa Falante da Rede de Promoção da Saúde Mental – AP 3.3, Zona Norte do Rio de Janeiro
Realizado na Zona Norte do Rio de Janeiro como parte do projeto Agenda Cidade UNICEF, o Mapa Falante foi utilizado como ferramenta para promover a conscientização sobre saúde mental. Em parceria com a UNICEF, o Cedaps e a Coordenadoria de Atenção Primária da Área de Planejamento (CAP) 3.3, a atividade envolveu a identificação de pontos de ancoragem da saúde mental na região, reunindo profissionais, usuários e moradores para refletirem juntos sobre os espaços de cuidado existentes e as lacunas a serem enfrentadas. O processo fortaleceu vínculos comunitários e ampliou a visibilidade da saúde mental como um direito de todos.
Figura 2: Exposição do Mapa Falante da Rede de Promoção da Saúde Mental – AP 3.3

A Caminho da Escola 2.0 – Escolas Municipais do Rio de Janeiro
Em uma ação inovadora de educação e mobilidade urbana, o projeto A Caminho da Escola 2.0, realizado em parceria entre CET-Rio, Secretaria Municipal de Educação (SME), UNICEF e Cedaps, promoveu oficinas com estudantes do Ensino Fundamental da rede pública do Rio de Janeiro. A atividade envolveu uma sensibilização sobre os riscos no trajeto casa-escola e a construção coletiva do Mapa Falante dos Riscos no Trânsito. Os alunos aprenderam a mapear digitalmente os perigos que enfrentam diariamente, desenvolvendo um olhar crítico sobre sua mobilidade e contribuindo com propostas de melhoria a partir de suas vivências.
Figura 3: Prática do mapeamento utilizando a ferramenta Google My Maps nas escolas

Essas experiências mostram como o Mapa Falante Cedaps vai além da cartografia tradicional. Ele é um processo participativo que transforma o ato de mapear em uma escuta ativa do território, valorizando saberes locais e promovendo a articulação entre diferentes atores sociais. Seja em temas como saúde mental, mobilidade urbana ou proteção social, a metodologia fortalece redes, amplia o olhar sobre as realidades vividas e impulsiona ações concretas voltadas à melhoria das condições de vida nas comunidades. É, ao mesmo tempo, ferramenta e caminho para a transformação social.