Iniciativa “Fortalecer a Sociedade Civil no Enfrentamento da Tuberculose” alcançou 164.154 pessoas com ações de mobilização comunitária entre agosto de 2023 e janeiro de 2025
O Cedaps e o Fórum TB RJ, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ)/OPAS, concluíram em janeiro de 2025 o projeto “Fortalecer a Sociedade Civil no Enfrentamento da Tuberculose – Carta Acordo SCON2023-00148”. Tendo iniciado em agosto de 2023 com duração de 18 meses, as ações desenvolvidas foram financiadas pela SES-RJ em apoio ao Programa de Eliminação da Tuberculose no estado do Rio de Janeiro.
Com a orientação da metodologia “Construção Compartilhada de Soluções Locais” (CCSL), o projeto alcançou 164.154 pessoas e produziu 136 materiais informativos, reafirmando a importância da mobilização comunitária e fortalecendo a atuação de redes locais, coletivos, instituições, grupos, iniciativas da sociedade civil e conselhos de direitos. A iniciativa ampliou as ações de sensibilização, prevenção e enfrentamento da tuberculose, além de fortalecer o controle social e o advocacy no estado do Rio de Janeiro. Clique aqui para ver os materiais criados.
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A falta de informação sobre a tuberculose contribui para a disseminação da doença, que, com forte determinação social, se agrava ainda mais com o empobrecimento da população. Para enfrentar esse desafio, o projeto realizou oito formações voltadas a lideranças comunitárias, conselheiros de direitos e ativistas, abordando temas como tuberculose e proteção social, direitos humanos, participação e controle social, comunicação digital, mapeamento georreferenciado e elaboração de projetos sociais. Algumas dessas formações contaram com a parceria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)/Instituto de Saúde Coletiva/Laboratório Interdisciplinar de Direitos Humanos e Saúde e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Ao todo, foram 415 participantes, 180 horas/aula e 31 municípios alcançados, sendo 18 prioritários.
Além disso, foram implementados 40 planos de ação territoriais voltados ao enfrentamento da doença em favelas e periferias do estado do Rio de Janeiro, priorizando populações em situação de vulnerabilidade, como moradores de favelas, periferias e bairros populares, contatos de pessoas privadas de liberdade e população em situação de rua. A partir desses planos desenvolvidos por Agentes de Prevenção e Cuidado – lideranças comunitárias / ativistas sociais que conhecem a realidade local -, foram realizadas estratégias de disseminação de informações e articulação com serviços locais.
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Como resultado desses planos, foram realizadas 340 atividades em 14 municípios do estado do Rio de Janeiro, com o envolvimento de 40 favelas/periferias, além de 163.503 pessoas com mais acesso a informações sobre tuberculose e proteção social, e 256 ações intersetoriais realizadas, conectando organizações comunitárias, Sistema Único de Saúde (SUS) e Sistema Único de Assistência Social (SUAS) para fortalecer a resposta à tuberculose.
O projeto elaborou coletivamente um mapa georreferenciado com o objetivo de fortalecer uma rede colaborativa de enfrentamento à tuberculose, demonstrando que é possível realizar ações de promoção da saúde e prevenção em diversos espaços, incluindo locais públicos como igrejas, praças, escolas, creches, quadras esportivas e outros. O mapa destacou 40 organizações, grupos e coletivos locais que atuam com tuberculose, e 326 ações territoriais de enfrentamento da tuberculose. Após a sistematização dessas redes locais, foram identificadas diferentes estratégias de mobilização para o tema, ações de apoio social e articulação territorial.
Veja o mapa abaixo:
A iniciativa promoveu a participação ativa de ativistas e lideranças comunitárias em espaços de controle social e advocacy junto às políticas públicas e ao parlamento com a realização e incentivo de atividades de incidência política, representações e reuniões estratégicas, reforçado a importância da sociedade civil na construção de políticas públicas mais inclusivas e participativas.
Como resultado, foram realizadas 190 ações de incidência política, incluindo audiências públicas, reuniões estratégicas com programas, conselhos e frentes parlamentares, participação em conselhos de direitos (saúde, assistência social e segurança alimentar), atos públicos de mobilização ao tema, seminários, webinários e conferências, rodas de conversa, oficinas e fóruns sobre tuberculose e articulações com serviços públicos (ex.: Programas Municipais de Controle da Tuberculose, Vigilância Sanitária, Programas de IST/HIV/Aids e Hepatites Virais).
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Além disso, aconteceram 19 encontros de compartilhamento de práticas e fortalecimento da rede comunitária, totalizando 395 participações, incluindo o Seminário Estadual para Troca de Experiências, que reuniu 83 participantes com o objetivo de compartilhar vivências, discutir estratégias para o enfrentamento da tuberculose – especialmente em favelas e periferias –, e no qual foi construída a Carta da sociedade civil às frentes parlamentares, governador, prefeitos e vereadores do estado do Rio de Janeiro. Clique aqui para ler a Carta.
Seguimos juntos por uma resposta comunitária transformadora!
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