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CEDAPS realiza oficina “Orientação Sexual, Identidade de Gênero e Subjetividades”

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Encontro serviu de aperfeiçoamento e debate de experiências da Rede de Comunidades Saudáveis

Colaborando com a Rede de Comunidades Saudáveis, o CEDAPS promoverá varias oficinas para lideranças comunitárias conforme temas definidos de importância para as comunidades. A primeira do ano, aconteceu na útlima quinta-feira (25) com o tema “Orientação Sexual, Identidade de Gênero e Subjetividades”. O encontro foi facilitado pelo assistente João Silva, na sede do CEDAPS no centro do Rio de Janeiro.

João começou a oficina explicando que a sociedade em que vivemos dissemina a crença de que os órgãos genitais definem se uma pessoa é homem ou mulher. Porém, a construção da nossa identificação como homens ou como mulheres não é um fato biológico, e sim social. Sobre o preconceito ainda existente, João exaltou a importância do debate. “Pra mim a principal causa do preconceito é a falta de informação ou uma informação que prioriza o reforço do preconceito. Nós, como sociedade civil, temos o papel de trazer a informação para erradicar qualquer tipo de preconceito. Hoje vamos trazer possibilidade de se pensar o que é uma sexualidade ou identidade de gênero”, disse.

O CEDAPS tem função de capacitação e colaboração com as instituições de base comunitária, de modo que elas agreguem conhecimento às suas lideranças. No final de 2015, o CEDAPS levantou temas correlatos que seriam de interesse de debate da RCS, afim de proporcionar encontros temático. A coordenadora Wanda Guimarães acredita na força da vivência das lideranças como vetor de reflexão.

“O mesmo preconceito que acontece na cidade formal, acontece nas comunidades. Existe uma discussão que precisa ser aberta para o respeito à diversidade e os direitos humanos. O preconceito existe e as pessoas acabam se isolando em guetos, com seus iguais. A nossa intenção é trazer a vivência dessas lideranças, para proporcionar reflexão”, finalizou Wanda.

Cris dos Prazeres, liderança do Morro dos Prazeres, na Zona Sul do Rio de Janeiro rechaçou qualquer tipo de preconceito. “O preconceito, não só contra LGBT, sempre é uma coisa terrível, em todos os sentidos. Independente se a pessoa é gay ou hétero, negra ou branca, indígena ou candomblecista. O preconceito de qualquer forma é uma manifestação muito negativa em relação ao outro”, enfatizou.

O CEDAPS promoverá várias oficinas neste ano voltados para a qualificação e debate da Rede de Comunidades Saudáveis.