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CEDAPS lança materiais para discutir direitos sexuais, aids e deficiências

Lançamento aconteceu em eventos que teve como protagonistas as pessoas com deficiência

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Na última terça-feira (09), aconteceu a “Mostra Série Caminhos da Inclusão: Direitos Sexuais, Aids e Deficiências”, no Centro do Rio de Janeiro. O evento foi realizado para lançar os materiais produzidos pelo projeto Caminhos da Inclusão, que pretende fomentar o debate e a mobilização acerca do assunto. A mostra contou com a presença de especialistas, lideranças comunitárias e do movimento social, além das pessoas com deficiência que foram protagonistas dos materiais. O projeto Caminhos da Inclusão é uma iniciativa do CEDAPS e IIDI – Instituto Interamericano sobre Deficiência e Desenvolvimento Inclusivo, que também conta com o apoio do Ministério da Saúde.

Pela manhã, a programação do evento contou com mesas sobre os direitos sexuais e reprodutivos das pessoas com deficiência, apresentada pelo coordenador do IIDI e conselheiro do CEDAPS, Sérgio Meresman, e sobre os caminhos que levarão à construção dos materiais que estavam sendo lançados, apresentada pela diretora executiva do CEDAPS, Kátia Edmundo. No final da manhã aconteceu também um dos pontos altos da Mostra: o lançamento do jogo Caminhos da Inclusão, um jogo de tabuleiro que pretende, de forma divertida e descontraída, estimular o debate sobre sexualidade e deficiências. Para mostrar para as pessoas como jogar, foi montado no hotel onde estava acontecendo o evento um grande tabuleiro e os presentes se transformaram em pinos. Com a participação de todos e todas, foi possível aprender como o jogo pode contribuir para o avanço desse tema.

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Na parte da tarde, foi a vez dxs protagonistas dos materiais e da Mostra ganharem voz. Pessoas com Síndrome de Down, jovens surdos, pessoas com deficiência visual, física e com algum tipo de deficiência física puderam contar como foi participar da criação dos materiais e como eles podem fazer a diferença. Entre todxs, a opinião era a mesma: é preciso que as informações e os materiais de prevenção tenham mais acessibilidade e que as pessoas com deficiência sejam representadas neles.

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“A educação sexual inclusiva precisa muito de organizações como Cedaps que fazem pontes entre os grupos mais segregados e excluídos e a informação sobre saúde e promoção de vida saudável. Acho que estamos no começo. E devemos continuar aprendendo e criando juntos”, comentou Sérgio Meresman, do IIDI.

“O projeto sistematizou percepções e recomendações oriundas de grupos de discussão realizados com pessoas com deficiências, vivendo com HIV/AIDS, ativistas e profissionais de saúde e educação. Além dos materiais educativos, foram apresentados um conjunto de sugestões para orientar o desenho de metodologias e estudos capazes de contribuir para o avanço da prevenção as IST/HIVI/AIDS e deficiências entre pessoas vivendo com HIV/AIDS na perspectiva de uma política de prevenção ainda mais inclusiva”, destacou Kátia Edmundo, diretora executiva do CEDAPS.

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A produção dos materiais contou com o apoio do grupo Simbora Gente, do Instituto Benjamin Constant, do Centro Municipal de Referência da Pessoa com Deficiência e do Rap da Saúde. Entre os materiais produzidos estão postais, cartazes, cartilhas em braile, áudios, vídeos e um jogo. Eles serão distribuídos para organização sociais, lideranças comunitárias e instituições que trabalhem com a temática da educação sexual.