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Seminário celebra o Dia Estadual de Conscientização, Mobilização e Combate à Tuberculose

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Participantes do projeto RAP da Saúde

O Dia Estadual de Conscientização, Mobilização e Combate à Tuberculose acontece, anualmente, no dia 6 de agosto. Neste ano, a data foi marcada pelo Seminário Estadual de Tuberculose, no Hotel Arcos Rio Palace, na Lapa. O evento contou com a presença de importantes personagens no contexto da doença. Entre eles, o Secretário Estadual de Saúde, Felipe Peixoto, que esteve presente na abertura do seminário e falou sobre o papel do Estado na luta contra a Tuberculose, anunciando campanhas em combate à doença, que entraram no ar na própria quinta-feira. Roberto Pereira, representando o Fórum Estadual de ONGs na Luta Contra a Tuberculose/RJ, co-organizador do Seminário, assim como Carlos Basília, representando o Observatório Tuberculose Brasil, também estiveram na Mesa de Abertura e reforçaram a importância da mobilização frente ao tema dentre outras relevantes observações.

Quem também participou da abertura foi o Dr. Alexandre Chieppe, membro da Secretaria Estadual de Saúde. Segundo ele, ainda fala-se pouco sobre a Tuberculose. O preconceito também é um complicador da Tuberculose, pois prejudica a atuação dos profissionais de saúde, que muitas vezes não são informados sobre a doença. Chieppe também mencionou que há uma meta para que em 20 anos os casos de Tuberculose sejam diminuídos em 50%. Além disso, citou que a produção de novos medicamentos é uma grande oportunidade para que o tratamento da doença torne-se mais fácil.

Drª Ana Alice Bevilaqua, coordenadora do Programa Estadual de Tuberculose apresentou a situação epidemiológica no estado do Rio de Janeiro. De acordo com a médica, cerca de 10% dos pacientes com Tuberculose possuem o vírus HIV e a demora no diagnóstico da doença é um problema que dificulta o tratamento. Ela também destacou que o município do Rio de Janeiro é o primeiro colocado no ranking de casos de Tuberculose, seguido por Duque de Caxias e Belford Roxo.

A assistente social Maira Guazzi falou sobre os benefícios, as leis e a proteção social para pessoas com Tuberculose. Para ela, o paciente que possui o benefício social tem mais chances de se curar, o que identifica que a doença vai muito além do remédio. Os fatores econômicos, sociais, ambientas  também são complicadores da Tuberculose, o que aponta que a doença se caracteriza pela pobreza.

Na parte da tarde, a coordenadora do CEDAPS, Wanda Guimarães, apresentou dados e reflexões do Projeto Comunidades sem Tuberculose, que tem como objetivo desenvolver ações voltadas para o controle da doença em comunidades e  periferias dos centros urbanos. “Com ações que priorizam metodologias participativas, como oficinas, ações lúdicas e jogos, temos mobilizado moradores de comunidades, lideranças comunitárias e religiosas, jovens e agentes de saúde para as questões que envolvem a Tuberculose. O projeto tem destacado discussões em relação ao estigma e preconceito, além de ambiente, moradia e promoção da saúde”. Outra informação importante que precisa ser divulgada são os benefícios sociais para a população mais pobre acometida por Tuberculose. A Bolsa-família e o vale-transporte são fatores importantes para o tratamento da população mais vulnerável, assim como o apoio e a solidariedade da comunidade.

Sônia Regina, Conselheira Municipal de Saúde e membro da Rede de Comunidades Saudáveis, falou sobre a importância do tema Tuberculose nos Conselhos de Saúde e o papel que os conselheiros desempenham, lutando pela saúde pública. Dr. Otávio Maia Porto e o filósofo Pablo Dias, ambos do Centro de Referência Hélio Fraga, ficaram com as reflexões finais.

O momento cultural ficou por conta do grupo Convivência Posithiva/Grupo Pela Vidda Niterói, com uma apresentação musical que animou o fim de tarde. Os alunos tocaram guitarra, violão e instrumentos de percussão.