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No Complexo do Lins, Movimento Humanitário Caminhos de Luz realiza ações de prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis

É comum vermos durante o carnaval um aumento significativo de campanhas de prevenção a ISTs, com distribuição de camisinhas, material informativo etc. Essas ações são mais do que justificáveis, uma vez que durante os dias de festa, as pessoas estão mais propícias a ter relações sexuais casuais e a esquecerem do preservativo, muito por conta do alto consumo de bebidas alcoólicas.  Entretanto, é fundamental que campanhas de prevenção sejam realizadas durante todo o ano.

Segundo o Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais, ligado ao Ministério da Saúde, mais da metade da população admite não usar preservativo em suas relações sexuais e, consequentemente, o índice de HIV, HPV, hepatite e sífilis entre os jovens cresceu nos últimos anos. A exemplo disso, entre 2010 e 2016, tiveram cerca de 230 mil casos de sífilis em todo o país, fazendo com que o Brasil entrasse em uma epidemia da infecção.

No Complexo do Lins, Rita de Paula, do Movimento Humanitário Caminhos de Luz, realiza campanhas de prevenção cotidianamente. Há 34 anos autuando no local, que fica no bairro Engenho Novo, o movimento realiza uma série de atividades de saúde e conscientização, além de orientação sobre IST. ”Como já sabemos, é muito melhor se prevenir e é isso que eu falo com as pessoas. Prevenir é sempre melhor que remediar. Acredito que muitas vidas sejam prolongadas com essas ações”, conta Rita. Nas ações que realiza, ela entrega os preservativos em locais como pontos de ônibus, mercados e salões de beleza, onde distribui preservativos femininos, e vai de porta em porta entregando seu material para famílias inteiras, explicando a importância do uso do preservativo.

Durante o período do carnaval, é importante que campanhas de prevenção sejam intensificadas, alertando os foliões a se cuidarem, tanto pelo poder público como pelas organizações da sociedade civil e as lideranças comunitárias. Segundo Rita, no carnaval ela ressalta aos moradores que a prevenção é necessária. “Quando chega essa época eu intensifico. Entrego caixas fechadas a donos de bares, para que eles possam dar aos seus clientes”, destacou Rita. Ela conseguiu distribuir 12 caixas de preservativos na região próxima à comunidade.

O mais difícil, segundo ela, não é falar com esse público e sim fazer com que essas pessoas realizem testes rápidos de HIV, dado que reforça a importância de ações de prevenção. “É difícil receber um diagnóstico positivo, ninguém quer ser soropositivo”, completa.